terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

TÃO À FLOR DA PELE
(Flávio Leite)

Sei que, às vezes, sou um tanto passional,
Uns dizem até que sinto mais do que deveria sentir,
Mas isso já existe há trinta e três anos em mim,
Como, de uma hora para outra, poderia me livrar desse mal?

O que eu te disser ou sentir nunca será de forma unilateral,
Pois eu não consigo amar, senão for de forma intensa,
Senão for com simplicidade, de maneira conjugal;
O amor que te ofereço é o jantar que agora te sirvo à mesa.

Posso te ver sem enxergar, te ouvir sem escutar, te sentir sem tocar...
Os poetas são os únicos que vivem assim: tão à flor da pele.
Agora me responda: - O que tem sentido por mim?
Enquanto o coração de alguns bate, o meu ferve.

Eu gritaria para que todos me ouvissem, se fosse possível.
Gritaria que eu faço parte do amor e o amor é a alma minha.
Como não sou capaz de elevar tanto a minha voz,
Deixo o recado em seu ouvido em forma de poesia.

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